Esquizoestórias, experimentos com literatura e esquizoanálise

Antes de tudo, Geruza, é importante dizer que você está criando um procedimento e, para isso se realizar, criou um meio próprio, um meio ecológico, uma espécie de ecoethos, que é o ambiente propício para o desejo se liberar. O que você está nomeando como Esquizoestórias é, portanto, um procedimento ético, pois elabora um modo de extrair aquilo que intensifica a vida. E como você faz isso? Inventando um processo muito interessante já que o investimento na desrostificação é extremamente importante, urgente, necessário e atualíssimo. Afinal, nós, na contemporaneidade, estamos aprisionados pelo rosto.

 

O rosto é um instrumento privilegiado de captura do desejo e da voz: ele é o porta-voz das vozes sociais. Qualquer traço de intensidade é filtrado pelo rosto, que é o lugar da fala e da escuta, ou seja, o lugar que suporta a enunciação. O rosto, portanto, é uma substância semiótica de enunciação, de expressão. Por isso é incorporal: não é a cabeça animal. Embora tenhamos boca, olhos, pelos, nós só nos relacionamos secundariamente com a cabeça, pois ela está submetida à interpretação do rosto que é o interpretante em nós. Por tudo isso, nossas formações sociais investem na rostificação: no controle das mentes, dos corpos e do desejo.

 

 

Luiz Fuganti

 

Obs. Esse livro está em pré-lançamento, e é parte das ações Esquenta Flip da Fábrica. O desconto no valor é referente e essa promoção, que vai até 22/11. O lançamento oficial ocorrerá no dia  25/11, durante a FLIP 2023, na Casa Pagã, em Paraty. Os livros comprados pelo site serão enviados pelo correio a partir de 27/11.

R$68.00

gênero: poesia, ensaio
diversas autoras.
org. Geruza Zelnys, colab. Amanda B. Almeida. Posfácio de Luiz Fuganti

formato: 20 × 24 × 1 cm
páginas:
144

peso: 0,350 kg
ISBN: 978-6585-148092
ano de lançamento:
2023

 

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