Desarticulações e realinhos

Por onde começar um posfácio senão pelo fim?
Pelo fim do mundo, a poeta Carolina Manzato
começou seu livro.
Pelo fim da linha: do limite da vida, da política, da
linguagem, da sanidade, da subjetividade. Num
período histórico e político dos mais sombrios, ela
arregaçou as mangas da voz trabalhando-a como
expressão comprometida com a contemporaneidade.
É desde esse compromisso que desarticulações e
realinhos nos convoca à politização dos afetos, afinal
alguém guardará de não esquecer os nomes?
Carolina Manzato guardará e nós guardaremos o dela.
Por isso, também eu começo o livro pelo fim, pelos
nomes que compõem uma espécie de poema-sumário,
espinha dorsal dessa estrutura maior que seguramos
nas mãos com nossas mangas arregaçadas: poema-manchete, poema-calendário, poema-resumo, poema-grito.

 

 

Geruza Zelnys

R$70.00

Carolina Manzato

Carolina Manzato é sensível leitora do mundo, das palavras, de si. Mãe da Cora desde 2018. Alguém que sente as miudezas da vida com demora. Trabalha com leitura e literatura. E escreve poemas.

gênero: poesia
formato:
14 × 23 × 1 cm
páginas:
88

peso: 0,310 kg
ISBN: 978-6585-148061
ano de lançamento:
2023

 

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