Nessa Parte II, acessamos outro viés da Escrita Curativa: é aqui que enxergamos o desenho do método enquanto prática. Para isso, Geruza Zelnys nos conduz por cada um dos 9 encontros, e dá pistas de como ativa imaginários: o pão que é corpo, a ferida, a casa, o animal, o intruso, os pés, o deserto…
Alguns pontos ficam nítidos: na Escrita Curativa, as pessoas não são passivas, isso é, não são apenas lidas. Na realidade vão, paulatinamente, tornando-se leitoras curadoras – no mais amplo sentido da palavra – de si, do Outro, do mundo. Estamos, dessa maneira, diante de um método expansor, que diz respeito à escrita, à leitura, à literatura, e que também se constitui como um modo possível de caminhar a vida.
Firmo assim a percepção de que esses livros trazem um profundo pensar sobre a linguagem, o corpo, os processos criativos, a autoria. “Num futuro próximo escrever um livro será ainda um último ato de resistência. Escrever um livro é algo que exige muita paciência e muito amor”, Zelnys diz. E é tocante sua costura desses gestos com a vida.
Assim, feita a travessia, sinto que o conjunto formado pelas Partes I e II dessa obra, além de estimular novas perguntas e espaços de criação, dá conta de dois pilares: a teoria e a metodologia prática da Escrita Curativa.
Mas importa dizer que há um terceiro pilar: vivenciar o curso. (Quem já participou da experiência sabe que o segredo revelado ainda se mantém segredo). Lançar o corpo nesses encontros. Ciclos entrelaçados. Um acontecimento
E
Avaliações
Não há avaliações ainda.